Saber como montar uma carteira de dividendos é um conhecimento de grande valor para investidores. Isso porque se trata de uma estratégia de investimentos que possibilita o aumento de patrimônio e o recebimento de uma renda passiva regular — como uma espécie de aluguel.
Porém, embora a proposta seja interessante, muitas pessoas têm dúvidas sobre como colocar essa estratégia em prática. As dúvidas são ainda mais comuns entre quem está começando a investir.
Com base nesse contexto, veja a seguir orientações para construir uma carteira de dividendos e comece a colocar o seu dinheiro para trabalhar para você!
Analise o seu perfil de investidor
O ponto de partida para montar uma carteira de dividendos é avaliar o seu perfil de investidor. Por meio dele será possível entender seu nível de tolerância ao risco e, assim, selecionar os investimentos mais apropriados para a sua estratégia.
Vale ter em mente que o mercado financeiro é bastante amplo e oferece tanto alternativas mais seguras como opções mais arriscadas. Logo, você deve considerar o seu perfil para escolher investimentos que correspondam ao seu nível de aversão a riscos.
Se você tiver um perfil mais conservador, o seu portfólio será composto, em grande parte, por aplicações de renda fixa. Já se você tiver um perfil mais arrojado, os ativos de renda variável podem ter um peso maior na sua carteira.
Conheça os investimentos que distribuem dividendos
Além de considerar o seu perfil de investidor para montar uma carteira de dividendos, é necessário conhecer os investimentos que distribuem esse tipo de provento. Os principais são as ações e os fundos imobiliários (FIIs) — ambos presentes na bolsa de valores.
Esses dois investimentos fazem parte da renda variável: enquanto as ações representam a menor parte do capital social de uma empresa, o FII é um fundo que prioriza o investimento no mercado imobiliário.
Ainda nesse tópico, vale saber que os brazilian depositary receipts (BDRs), fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais(Fiagros) e exchange traded funds (ETFs) também podem pagar dividendos.
Todos esses investimentos são negociados na bolsa de valores brasileira (B3) e fazem parte da renda fixa. Por esse motivo, eles são mais voláteis e você deve ter essa questão em mente antes de investir nessas alternativas.
Vale saber que, em todos os casos, os dividendos dependem do lucro líquido da empresa ou fundo. Além disso, cada ativo distribui um percentual definido pela empresa ou gestão. Entretanto, os FIIs, especificamente, precisam dividir no mínimo 95% do lucro líquido semestral na forma de dividendos.
Invista em conhecimento sobre o mercado e suas possibilidades
Saber quais são os investimentos que pagam dividendos e como eles funcionam é um passo relevante para montar uma carteira com foco nesse tipo de provento. Porém, também é preciso compreender o mercado em que eles estão inseridos.
Por exemplo, no caso das ações, diferentes fatores podem influenciar seus resultados e a sua distribuição de dividendos. Sendo assim, você deve analisar e estudar bem cada ativo e seu respectivo setor para fazer escolhas estratégicas e embasadas para o seu portfólio.
É válido saber que nem todas as empresas pagam dividendos regularmente e algumas sequer distribuem esse provento aos acionistas, optando por reinvestir os lucros em seu crescimento. Portanto, você deve avaliar bem as oportunidades disponíveis para montar uma carteira sólida.
Essa mesma orientação vale para os FIIs, BDRs, Fiagros e ETFs. Quanto mais conhecimento tiver sobre o mercado e suas possibilidades, mais preparado você estará para selecionar os melhores investimentos para o seu portfólio.
Utilize indicadores fundamentalistas
Ao estudar sobre ações e outros ativos de renda variável, a análise fundamentalista é um método de grande utilidade para escolher empresas e montar uma carteira de dividendos. Isso porque ela fornece diversas informações relevantes sobre companhias na bolsa de valores.
No geral, vale utilizá-la dando atenção a alguns indicadores fundamentalistas específicos, como o dividend yield (DY) e o dividend payout (DP). Essas duas métricas permitem entender melhor o potencial de uma empresa em termos de distribuição de dividendos.
Porém, lembre-se de que você não deve escolher um ativo somente porque ele tem um dividend yield alto, por exemplo. É essencial avaliar outros fundamentos, o histórico e as perspectivas do investimento. Dessa maneira, é possível fazer escolhas mais sábias e estratégicas.
Diversifique a sua carteira
Outro aspecto essencial para montar uma carteira de dividendos é estruturá-la de maneira equilibrada. Na prática, isso significa fazer uma boa diversificação de seus investimentos.
Se você investir apenas em um tipo de ativo ou apenas em uma classe, estará se expondo a mais riscos, já que haverá uma concentração de capital. Afinal, se acontecer algum problema, todo o seu portfólio poderá ser afetado consideravelmente.
Por outro lado, se você diversificar a sua carteira, os riscos estarão distribuídos. Mesmo que um ativo apresente uma queda, por exemplo, outros investimentos podem valorizar e equilibrar o seu portfólio.
Portanto, na hora de estruturar a sua carteira de dividendos, não invista todo o seu dinheiro somente em ações de uma empresa ou em um FII. Procure distribuí-lo em diferentes alternativas disponíveis no mercado financeiro e em setores distintos.
Em vez de investir só em ações para receber dividendos, por exemplo, pode ser o caso de incluir fundos imobiliários em seu portfólio, ou ainda BDRs, Fiagros e ETFs. Ademais, pode ser interessante não investir em papéis de companhias que atuam apenas em um segmento específico.
Na bolsa de valores, existem empresas que atuam nos setores bancários, de energia, saneamento e outros. Logo, considere explorar essa questão na montagem da sua carteira de dividendos, buscando maior diversificação.
Considere o auxílio de uma assessoria de investimentos
Com as informações apresentadas até aqui, você já sabe os principais pontos para estruturar uma carteira de dividendos. Porém, conforme você acompanhou, é necessário dar atenção a diferentes aspectos para criá-la eficientemente — o que exige tempo, estudos e conhecimento.
Por esse motivo, se você deseja montar uma carteira de dividendos e tem interesse em otimizar o processo, uma solução é recorrer a uma assessoria de investimentos. Os profissionais do mercado poderão esclarecer suas dúvidas e apresentar as alternativas disponíveis, com base no seu perfil de investidor.
Inclusive, os assessores poderão apresentar carteiras recomendadas, montadas por analistas qualificados. Logo, ter o apoio de assessores significa contar com o auxílio de profissionais certificados, com experiência e conhecimentos aprofundados sobre investimentos e o mercado financeiro.
Montar uma carteira de dividendos é uma estratégia que costuma ser atrativa para aqueles que desejam receber renda passiva ao investir. Com as dicas e orientações deste artigo, você terá maior embasamento para ter um portfólio focado em proventos.
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