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Aluguel de ações e outros ativos: o que é e como funciona essa operação?


Seja para quem especula ou investe, o aluguel de ações e outros ativos é uma estratégia que merece atenção. Essa é uma operação regular e autorizada pela própria B3 (a bolsa de valores brasileira), mas que pode gerar dúvidas.


Na prática, a movimentação pode ser vantajosa para o interessado em aproveitar a queda do mercado para lucrar. Ela ainda pode trazer ganhos financeiros para o dono de um papel que não queira vendê-lo no curto prazo.


Quer saber mais a respeito do aluguel de ações e outros ativos? Confira, neste post, o que é e como funciona essa operação!


O que é aluguel de ativos e quais podem ser alugados?

Quando se fala em aluguel, é bastante comum pensar na locação imobiliária ou veicular. Afinal, esse tipo de contratação está presente na vida de milhares de pessoas. O que nem todos sabem é que o aluguel também está disponível na B3, valendo para ações e outros ativos, como fundos de investimentos.


Nessa operação, quem tem uma ação em carteira conta com a possibilidade de alugá-la para quem esteja interessado, recebendo uma remuneração para tanto. Por outro lado, aquele que paga pela locação pode abrir uma operação de venda, sem precisar comprar o ativo.


Segundo o site da B3, em 2023, eram elegíveis para a locação os seguintes ativos:

  • ações de companhias abertas listadas;

  • units (cestas de ações de diferentes tipos);

  • cotas de fundos de índices (ETFs);

  • cotas de fundos imobiliários (FIIs);

  • cotas de fundos de investimentos em participações (FIPs);

  • certificados de depósito de valores mobiliários (BDRs).


Como funciona o aluguel de ações e outros ativos?

Após aprender o conceito de aluguel de ativos e as alternativas elegíveis, chegou o momento de aprender como esse processo funciona. Em geral, essa é uma operação que tem duas partes principais: um doador e um tomador.


O doador é aquele que possui os ativos em carteira, disponibilizando-os para o mercado por um período específico, em troca de uma remuneração combinada. Para esse fim, ele deve informar à instituição financeira que faz seus investimentos sobre a sua intenção de alugá-los.


A instituição contratada atua como intermediária entre o doador e o tomador, servindo como ponte para conectar os interessados nesse tipo de negócio. Já o tomador é o participante que está disposto a pagar para ter os ativos alugados temporariamente.


Questões como a quantidade, prazo e preço são definidas pelo doador. Ao tomador caberá aceitar esses termos, se for de seu interesse, bem como oferecer garantias do negócio. Essa é uma forma de assegurar que a operação será paga na data de vencimento do contrato.


As garantias podem ser dadas em dinheiro ou em investimentos, como títulos públicos, CDBs (certificados de depósito bancários), LCIs e LCAs (letras de crédito imobiliário e do agronegócio), entre outros. Após o depósito das garantias exigidas, ele estará apto para fazer a locação.


Com a efetivação do negócio, haverá a transferência automática dos ativos do doador para o tomador. Ele pode utilizá-los em diversas operações financeiras, até o fim do prazo do aluguel — quando os ativos retornarão para a carteira do doador, sendo pago o preço combinado.


Quais as vantagens dessa operação?

Como você viu, o aluguel de ações e outros ativos pode ser benéfico tanto para o investidor (doador) quanto para o especulador (tomador). Veja como cada uma dessas partes pode se beneficiar desse processo!


Investidor

O investidor é o participante do mercado que geralmente busca a construção do seu patrimônio em um horizonte de prazo maior. Nesse sentido, é comum que os ativos investidos sejam mantidos em sua carteira por longos períodos.

Logo, o aluguel de ativos costuma ser uma estratégia interessante para aumentar a rentabilidade do seu portfólio. Afinal, além do potencial de ganhos com a valorização e recebimento de proventos, ele poderá receber a quantia fixada no aluguel dos seus investimentos.

Essa pode ser uma forma de proteger seus investimentos contra quedas, por exemplo. Isso porque os ganhos obtidos com o aluguel podem atenuar eventuais perdas com a desvalorização dos ativos. Também é possível usar o capital recebido para reinvestir e aumentar o nível de diversificação da carteira.


Especulador

Por sua vez, o especulador é o participante que visa aproveitar pequenas movimentações de preço para obter lucros no curto prazo. Assim, o aluguel de ativos é uma estratégia que viabiliza a realização de operações de venda, permitindo obter ganhos durante as quedas no mercado.


Nesse caso, é possível lucrar com a diferença de preços entre a venda do ativo alugado e sua recompra posterior. Como não é preciso comprar os ativos para abrir as posições vendidas, o capital exigido para iniciar a operação tende a ser menor.


No entanto, é preciso ter atenção aos riscos, uma vez que se o mercado se movimentar em posição contrária, a recompra dos ativos pode ficar mais cara. O problema dessa situação é a possibilidade de prejuízos da venda somada ao aluguel que será devido — o que pode aumentar as perdas financeiras.


Quando o aluguel de ativos é apropriado?

Agora que você já sabe as vantagens que o aluguel de ações e outros ativos costuma proporcionar para os dois principais envolvidos no processo, falta aprender quando ele é apropriado. Essa operação pode ser adequada para diferentes objetivos, dependendo do perfil de cada um.


Para quem disponibiliza os ativos para locação, esse pode ser um modo de obter uma renda extra com os investimentos parados na carteira, sem precisar vendê-los. Além disso, o doador mantém os direitos aos benefícios pagos durante o período do contrato — como os dividendos.

Já em relação a quem pega os ativos alugados, essa costuma ser uma oportunidade de realizar operações de curto ou curtíssimo prazo. A estratégia pode ser mais efetiva quando o mercado dá sinais de queda, considerando que os ganhos podem ser maiores.


De toda forma, o aluguel de ativos é uma operação que envolve riscos e custos, demandando conhecimento e experiência acerca do mercado. Por esse motivo, é válido consultar uma assessoria de investimentos antes de realizar essa operação. Afinal, os profissionais poderão esclarecer todas as suas dúvidas sobre o tema.


Chegando até aqui, você aprendeu o que é o aluguel de ações e outros ativos, bem como os cenários em que seu uso pode fazer sentido. Antes de tomar a decisão de utilizá-lo, não deixe de avaliar os riscos e, se precisar de ajuda, buscar os serviços de uma assessoria de investimentos.


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