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Quem é a Digital Colony, o grupo com US$ 30 bi que quer a Oi e bem mais


A Digital Colony fecha ainda neste mês a captação do segundo fundo de investimento para seu mega plano de ser uma das maiores companhias de infraestrutura digital do mundo. O grupo americano de investimentos não comenta os valores, mas a expectativa no mercado é que o volume levantado supere os 6 bilhões de dólares pretendidos inicialmente. Essa é a segunda captação da casa. A primeira, encerrada no ano passado, totalizou 4,1 bilhões de dólares.


O Brasil tem lugar de destaque nos planos da empresa, que vai estabelecer uma base local aqui no começo de 2021, de onde fará a gestão de toda a região da América Latina, uma das prioritárias para destinação dos recursos.


Marcos Peigo, executivo brasileiro com mais de 20 anos de experiência no setor de telecomunicações, se tornou sócio do grupo americano em março. Depois de dois anos dedicado ao mercado de computação na nuvem na IBM, ele se juntou ao Digital Colony na compra dos ativos de data center da UOL Diveo, logo no começo da pandemia e a partir dessa base iniciaram a Scala — um investimento da ordem de 400 milhões de dólares na largada.


Ainda são poucos, no grande público, que conhecem a Digital Colony e seus projetos para o país. Embora o presidente Marc Ganzi já tenha feito investimentos no Brasil no passado, a holding só fez o ‘check-in’ por aqui no fim de 2019, ao comprar a Highline, companhia de infraestrutura de telefonia celular fundada pela gestora de private equity Pátria Investimentos há cerca de oito anos.


Nas aquisições da Highline e para formação da Scala, a Digital Colony investiu perto de 500 milhões de dólares e o volume deve dobrar em breve, com os próximos passos para essas operações que serão anunciados em breve. Mas isso é só o começo.


“Não há como ignorar um mercado do tamanho do Brasil, com 200 milhões de pessoas. É um dos cinco maiores mercados consumidores de mídias sociais e um dos maiores usuários de internet móvel do mundo. Nossos clientes sabem da importância do Brasil e nós, também”, diz Marc Ganzi, presidente global da gestora de recursos em entrevista exclusiva ao EXAME IN.


“Meu desafio é continuar investindo em infraestrutura para fazer a economia continuar se desenvolvendo. Mas não somos só investidores, somos operadores”, afirma ele. É a primeira vez que Ganzi e Peigo falam sobre o negócio com a imprensa brasileira. A mensagem principal é deixar clara a visão estratégica e o compromisso de longo prazo, embora os executivos sejam firmes em não detalhar nem o valor do novo fundo, nem os próximos movimentos de aquisição. Mas não há dúvida de que eles virão.




 

O conteúdo disposto neste artigo foi originalmente publicado na Exame, sendo toda a responsabilidade, direitos autorais e crédito devido a seus autores.

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