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Bem-vindos a 2021: fila para IPOs não cabe no ano, após 20 pedidos no mês


O ano de 2020 está ficando curto para a lista de ofertas iniciais de ações (IPOs) mais as subsequentes em andamento. Na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o número de companhias que pegaram lugar na fila para listar ações na B3 não para de crescer. A semana terminou com 44. Só desde dia 24, foram onze pedidos de registro: as quatro incorporadoras imobiliárias CFL Inc, Emccamp Residencial, HBR Realty e Urba Desenvolvimento e as cinco sortidas Mosaico, Aeris, Havan, Drogaria Nissei e Le Biscuit. Também foram à autarquia pedir para vender seus papéis o Banco Votorantim e a Navios South American Logistics.  Só nesta semana, as ofertas solicitadas têm planos de movimentar perto de R$ 20 bilhões.


O mês de agosto acumulada 23 solicitações para ofertas iniciais ao regulador — mais da metade da lista, portanto. E para quem se assusta com esse número, há outro para saber: o total de mandatos de ofertas de ações circulando no mercado está entre 75 e 80, de acordo com bancos de investimento consultados pelo EXAME IN. Quanto é isso em dinheiro? Bastante mais que 100 bilhões de reais, senhores. Portanto, investidores, preparem suas agendas: 2021 já começou. Os bancos começam a admitir que, muito provavelmente, não será possível realizar tudo neste ano — e estamos falando apenas do que já está na fila. Há mais, bem mais para vir.


Por curiosidade, as 40 empresas na fila equivalem a ampliar o número de companhias listadas e negociadas em 12%. Pensar em concretizar isso em quatro meses parece mesmo, quando nessa perspectiva, algo desafiador.


Há ainda que se considerar que junto com tudo isso Petrobras quer se desfazer de 9 bilhões de reais em ações da BR Distribuidora, a Caixa quer vender papéis da Caixa Seguridade, a Elo também planeja uma mega-operação e o BNDES pode fazer novas vendas em bloco de suas giga-posições em Petrobras, Suzano, Klabin e outras. E não esqueçamos das menores: Ômega fará uma oferta, Banco Inter também e JSL anunciou sua intenção — e mais alguns nomes por aí. Menores, a esta altura, é tudo que não se fala em bilhão.




 

O conteúdo disposto neste artigo foi originalmente publicado na Exame, sendo toda a responsabilidade, direitos autorais e crédito devido a seus autores.

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